segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O LÍDER VITORIOSO - CAPÍTULO 1: PREPARATIVOS PARA O INÍCIO DA OBRA

1 - INTRODUÇÃO

A seguir vamos examinar os princpicios para reconstrução encontrados no livro de Neemias. Porque princípios são leis imutaveis, é possivel aplicarmos os mesmos princípios que Neemias aplicou em sua época. Podemos aplicar para a construção de nossas vidas cristãs, para construção da igreja (não somente do prédio, mas também da comunidade local), para a construção de nosso chamado ministerial, etc.
Os preparativos para o início da obra são frequentemente mal entendidos. A preparação eficiente para o desenvolvimento de qualquer obra não começa com enfase na obra em si mesma, mas sim com a enfase na pessoa que vai realizar a obra. A maior causa dos fracassos se relacionam não com a dificuldade da tarefa requerida pela obra mas sim com as dificuldades pessoais daquele que decidiu fazer alguma coisa. Olhar para uma obra que esta a nossa frente sem primeiro considerarmos nossa propria pessoa, é a receita do fracasso. Em outras palavras, o sucesso ou o fracasso está em nossa pessoa, em quem somos em relação a obra que decidimos levar a cabo, está relacionado com a extensão em que a obra que vamos realizar está ligada ao nosso ser pessoal, de sua ligação com nossa propria identidade. Qual a intesidade de nossa frustração se a obra não for realizada? Qual a profundidade da relação que existe entre essa obra e nosso senso de destino, isto é, podemos viver sem ela? A resposta para questões como essas determinará o sucesso ou o fracasso de nossa realização. Seja qual for a obra. Pode ser a obra de restauração de nossas vidas pessoais aos padrões de Deus, pode ser a obra da realização do ministério ao qual entendemos que fomos chamados, pode ser a obra do desenvolvimento de nossa vida profissional.
O interessante é que tendemos levar uma vida divorciada entre aquilo que está gravado em nossas mentes como sendo o ideal que desejamos, e aquilo em que realmente gastamos nosso tempo e esforços. Alinhar o que cremos ser o ideal em nossas mentes com uma orientação prática é um verdadeiro milagre. Somos seres divididos, compartimentalizados. Segunda a bíblia, isso é o resultado do pecado em nossas vidas. O apóstolo São Paulo se referiu a essa luta entre o querer e o realizar em sua carta aos Romanos. Ele disse que ele não conseguia compreender seu proprio modo de agir, pois não fazia o que preferia mas sim o que detestava. Isso porque, ao querer fazer o bem, ele encontrava a lei de que o mal residia nele. Então, o sucesso ou o fracasso de qualquer obra começam em nós mesmos. Sucesso e fracassso estão ligados ao nosso caracter, que por sua vez define os valores que nos orientam. O principal desses valores creio ser o que vem em resposta a seguinte pergunta: quem é o centro de nossas vidas, eu ou Deus? A resposta a essa pergunta definirá todos meus outros valores. O problema, entretanto, é que temos dificuldade em discernir por nós mesmos qual é o valor que nos orienta. Quase sempre são as outras pessoas que os enxergam com mais clareza. Porque as pessoas conseguem ver o que fazemos e não o que pensamos. Pense no seguinte exemplo: abordamos uma pessoa que sabemos com clareza ser cristã e perguntamos a ela sobre sua vida de oração. Ora, oração é um dos principais exercícios requeridos pela fé cristã. Todo cristão sabe disso, por essa razão a pessoa tenderá a responder que oração é algo realmente importante e que esse é um dos valores básicos de sua vida cristã. Se porém, voce pedir a ela, antes de falar sobre oração, que escreva as coisas importantes que ela faz diariamente, é possível que oração não ocupe um lugar importante na lista em termos de tempo e frequencia gastos nessa tarefa. Porisso, a realização de qualquer obra requer uma preparação adequada, que é a consistencia entre o que pensamos e o que fazemos.

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