9 - De olho no inimigo
Entretanto, o inimigo se faz notar de imediato, porque ele está sempre por perto, a Bíblia diz que ele anda em redor de nós como um leão que ruge. De alguma maneira ele tem laços estabelecidos com o povo de Deus, ele se infiltrou sorrateiramente, sabemos que ele não é dos nossos, mas com o passar do tempo ficamos aconstumados com a presença dele. Enquando estamos com os muros derrubados, em grande desprezo, e nosso Deus não é glorificado tendo lugar proeminente entre nós, o inimigo se mantem calmo. Até mesmo parece que não quer nosso mal. Porém, é só começarmos a nos mover em direção ao cumprimento da vontade de Deus para nossas vidas e em direção da glória Dele, que o inimigo se manifesta. De maneira alguma Deus quer que tenhamos qualquer tipo de vínculo com o adversário, mas já que nós muitas vezes permitimos isso, Deus vai usá-lo para algum propósito.
É exatamente isso que acontece na historia de Neemias. Não que ele próprio tenha estabelecido qualquer relação com o inimigo, mas o povo que ele iria liderar o tinha feito. O inimigo será usado como parte da estratégia de Deus para a vida dele pelo menos de duas maneiras diferentes. A posição que os inimigos tomaram e as suas acusações contra a missão nos dizem qual foi a função pedagógica básica na qual Deus o usou. Primeiro, Deus o usa como um instrumento pedagógico para manter Neemias desperto, humilde e dependente Dele. As acusações do inimigo requerem uma resposta articulada que leva a afirmação dos princípios de relacionamento com Deus mencionados acima. Veja o que o inimigo fez: “Porém Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita, e Gesém, o arábio, quando o souberam, zombaram de nós, e nos desprezaram, e disseram: Que é isso que fazeis? Quereis rebelar-vos contra o rei?” Ne 2:19. Aprendemos algumas coisas significativas a respeito da acusação do inimigo nesse texto. Primeiro eles zombam e desprezam. Isso equivale dizer: como alguem que não é nada, que nao tem valor algum como voces, pretendem fazer isso? Essa é o tipo de acusação contra a identidade das pessoas. Foi isso que o diabo fez com Jesus na tentação do deserto, dizendo: se és Filho de Deus. Quando começamos a manifestar quem somos em Deus, o inimigo se coloca na defensiva, porque antes eramos seus filhos, ou como diria Paulo em Efésios 2: 3: “éramos, por natureza, filhos da ira”. Agora que somos filhos de Deus, nos tornamos grande ameaça para ele.
A segunda maneira pela qual Deus uso o diabo como instrumento pedagógico em nossas vidas, é para nos treinar como seus instrumentos na sua obra. A coisa que perturba profundamente o Diabo é quando nos tornamos instrumentos na obra de Deus. Então ele nos acusa de rebelião. Segundo ele, nos rebelamos contra os poderes que estão institucionalizados para opressão e humilhação contra nós. Esse era o caso da Babilonia e de Artaxerxes, mas como Deus mudou a história, isso não era rebelião.
A segunda razão pela qual Deus permite que o inimigo se levante contra nós, e mostrar a ele quem somos. Esse foi o caso de Jó, o diabo não acreditava que Deus poderia te-lo transformado em um homem fiel e justo a ponte do passar por qualquer prova. Deus provou que ele estava errado e no final usou toda aquela situação para exaltar o segundo estado de Jó ainda mais que o primeiro. Deus também permite para estabelecer através de nós, a Jesus como cabeça sobre todas as coisas. Veja o que diz Efésios 1: 22,23: “E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas”. Com relação ao diabo como instrumento de Deus, é importante sabermos claramente uma coisa: ele não está livre para fazer tudo o que decidir. Deus não somente o mantem debaixo de controle, como também abre um escape na hora da tentação. Doutra maneira seria injusto para conosco, e o próprio Diabo seria um tipo de Deus. Leia a declaração bíblica de 1Cor 10:13: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”.
Quais as respostas que aprendemos para dar ao inimigo? Leia o que Neemias aprendeu: “Então, lhes respondi: o Deus dos céus é quem nos dará bom êxito; nós, seus servos, nos disporemos e reedificaremos; vós, todavia, não tendes parte, nem direito, nem memorial em Jerusalém” Ne 2:20. Primeiro, sabemos quem somos, somos “seus servos”, não estamos com crise de identidade, o que somos é definido em relação ao nosso Deus. Segundo, a obra que fazemos é do nosso Deus, somos seus cooperadores, mas quem tem a autoridade e poder sobre a obra é nosso Deus, porisso ele nós dará bom exito. Nossa parte é nos dispormos e reedificarmos, e isso vamos fazer. Terceiro, Quanto a voces, nem ao menos deveriam estar falando sobre o assunto, porque voces nao tem parte nessa, não tem direito nessa obra, nem tão pouco tem memorial (glória) nessa obra. Essa declaração final é impressionante, porque demonstra que Neemias tinha entendido claramente que enquanto ele promovesse a glória de seu Deus, ele também seria glorificado. Isso é claramente ensinado por Jesus em Joao 17:22 quande ele diz ao Pai em sua oração: “Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado...”.
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